Armazenamento em DNA: uma nova fronteira para o Big Data

Em tempos de Big Data e tecnologias disruptivas, talvez você já tenha ouvido falar de armazenamento em DNA. Embora possa soar como uma realidade distante, a proposta de gravar informações em suporte biológico já é uma realidade em laboratório. Para saber mais, continue a leitura!

Como se sabe, o ácido desoxirribonucleico (DNA) é basicamente o “manual de instruções” de cada indivíduo. Afinal, ele guarda as informações que caracterizam cada ser vivo. Ou seja, funciona como uma ferramenta biológica para existência das espécies.

Como funciona o armazenamento em DNA?

Para realizar o armazenamento, essa nova tecnologia propõe o cultivo de fitas de DNA exclusivas, utilizando um bloco de cada vez. Esses blocos – ou “bases” – possuem quatro unidades químicas que compõem a molécula de DNA. São elas: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T). Na composição do DNA, o quarteto se correlaciona para formar trincas chamadas “códons”. Por fim, cada códon armazena as informações genéticas que criam aminoácidos e, a partir da sua união, proteínas.

Com base nesse conhecimento, pesquisadores do Los Alamos National Laboratory, no estado do Novo México (EUA), desenvolveram uma tecnologia capaz de armazenar e ler dados em DNA. Para tanto, um software chamado Adaptive DNA Storage Codex (ADS Codex) fica responsável por traduzir as sequências formadas pelas quatro bases de DNA em código binário, possibilitando que computadores leiam as informações gravadas.

As fitas de DNA são preparadas pelos pesquisadores e formam sequências com bases A, G, T e C (como explicado anteriormente). Assim, dados podem ser armazenados em DNA – reproduzindo, em certa medida, a programação genética natural. Contudo, ainda existem entraves para que essa tecnologia seja completamente viável para aplicações práticas.

Tecnologia de armazenamento em DNA está no início

Apesar de prometer ser uma excelente novidade, o tempo ainda é inimigo desta nova tecnologia. Isso porque a organização das fitas de DNA e o processo de leitura, principalmente, são extremamente demorados. Para se ter uma ideia melhor, os pesquisadores estimam que a leitura de um único arquivo pode demorar anos!

Outra melhoria que precisa ser feita reside na gravação de dados. Nas primeiras pesquisas, houve diversos erros – e sua correção é muito trabalhosa. Afinal, com a tecnologia atual, ainda é difícil localizar o erro dentro do sequenciamento.

Vantagens do armazenamento em DNA

Apesar dos obstáculos iniciais, a corrida continua – e o armazenamento em DNA é tido como uma possibilidade real. Sobretudo porque os pesquisadores apontam que o formato ocuparia pouquíssimo espaço. Além disso, existem três grandes vantagens no armazenamento de DNA em relação a outros suportes. São eles:

  • Baixo custo;
  • Pouco gasto energético;
  • Durabilidade a perder de vista.

As pesquisas sobre armazenamento em DNA seguem, e o novo método promete ser muito eficaz para fazer frente às demandas de storage do futuro.

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Foto: iStock/tampatra

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