Os carros autônomos são uma promessa para melhorar a mobilidade. Afinal, com sistemas inteligentes que dispensam a necessidade de motorista, esses veículos têm potencial para evitar acidentes e desafogar o trânsito em momentos de pico. Porém, ainda falta muito para que soluções de automação desse tipo se popularizem nas cidades. Embora o interesse dos jovens em tirar a carteira de habilitação venha caindo (o que poderia despertar a busca por essa alternativa de locomoção), o mais provável é que tecnologias assim dominem áreas específicas, como a indústria e o comércio. Veja os detalhes a seguir.
Como funcionam os carros autônomos
Na verdade, a ideia de um automóvel sem motorista está cada vez mais longe de ser concretizada – pelo menos nos espaços urbanos. O que se fala, atualmente, é em “níveis” de automação para os veículos.
Por exemplo: no nível 1, o sistema fornece assistência à direção, com frenagem automática e controle de velocidade que se adapta às condições do ambiente. Essa escala vai até o nível 5, quando o carro pode ir do ponto A ao B sem interferência humana.
Para tanto, usa-se uma estrutura complexa de sensores, radares, câmeras e GPS de alta resolução. Inclusive, se recorre a Inteligência Artificial para reagir às situações adversas no trânsito. Aliás. esse é o ponto mais delicado até agora.
Para um mecanismo de Inteligência Artificial aprender, ele precisa passar pelas situações de risco. Além disso, as cidades apresentam inúmeras variáveis – do pedestre que atravessa fora da faixa de segurança às intempéries. Assim, sob neblina, por exemplo, o automóvel poderia ter dificuldade de identificar se o sinal está vermelho ou verde.
Por isso, a indústria automobilística tem investido em carros autônomos de nível 4. Esses podem rodar nas rodovias, durante longos períodos, em piloto automático. No entanto, ainda é preciso ter uma pessoa atrás do volante para os trechos urbanos.
Saiba mais: Como a Inteligência Artificial fará emergir novas profissões
Carros autônomos já funcionam na indústria
Além das questões técnicas, há o código de trânsito. Afinal, se um veículo se envolve num acidente, a responsabilidade é do condutor – pelo menos, segundo a legislação atual. Mas o que fazer quando todas as decisões são tomadas por uma máquina? A culpa continua sendo do motorista, ou passa a ser do fabricante do carro autônomo?
Diante desses impasses (e da carência de leis específicas), as montadoras têm priorizado a fabricação de frotas comerciais. Como elas podem operar em ambientes controlados, garantem mais eficiência à produção sem negligenciar a segurança.
Um exemplo disso são os caminhões com tecnologias autônomas para operação em lavouras. Para tanto, empresas como Mercedes-Benz e Volvo vendem opções com GPS integrado à direção. Aliás, em zonas de trabalho da mineradora Vale, caminhões já trafegam sem ninguém ao volante. Assim, o operador usa um controle remoto e assume a direção apenas se o sistema não souber como agir.
Fala-se, ainda, na automação de ônibus urbanos. Isso porque implementar essa solução seria teoricamente mais fácil, já que eles circulam boa parte do tempo numa faixa exclusiva. Consequentemente, as variáveis a se considerar diminuem significativamente. (Confira outros detalhes sobre carros autônomos nesta reportagem do UOL.)
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